Doze crianças indígenas morrem no Acre com suspeita de rotavírus
Doze crianças indígenas morrem no Acre com suspeita de rotavírus
FREUD ANTUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO
Doze crianças indígenas que moravam em aldeias próximas à cidade de Santa Rosa do Purus (AC) morreram depois de terem sintomas como febre alta, vômito e diarreia nas últimas semanas. O governo do Estado não informou quais foram as etnias afetadas pela doença.
O Ministério da Saúde divulgou nota confirmando o óbito de oito crianças das etnias Kaxinawá e Kulina e informa que investiga as causas das mortes das crianças por DDA (doença diarreia aguda). Segundo a pasta, as crianças morreram nas aldeias de Nova Família, Morada Nova,Novo Repouso, Nova Fronteira, Nova Aliança, Kanamari e Moema.
Os representantes do Disei (Distrito Sanitário Especial Indígena, ligado ao Ministério da Saúde) do Alto Purus suspeitam de um surto de rotavírus –presente na natureza e transmitido de pessoa para pessoa por via fecal-oral.
Entretanto, a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, acompanha os casos desde o último dia 15 de dezembro e informou que “até o momento não há confirmação laboratorial dos casos e a causa das mortes”, que ainda estão sob investigação.
Segundo a assessoria de imprensa do governo do Estado, uma equipe médica foi enviada às localidades para investigar a causa das mortes e levou equipamento de teste rápido que identifica a doença.
Os casos de morte entre as crianças começaram em dezembro. Alguns das vítimas chegaram a ser transferidas para os hospitais dos municípios acrianos de Sena Madureira e Manoel Urbano, mas não resistiram.
A equipe que investiga o suposto surto de rotavírus é composta por representantes do Disei, da Secretaria estadual de Saúde e das secretarias municipais de Saúde de Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Manoel Urbano.