DEPOIS DO HAITI, EPIDEMIA DE CÓLERA CHEGA À REPÚBLICA DOMINICANA
DEPOIS DO HAITI, EPIDEMIA DE CÓLERA CHEGA À REPÚBLICA DOMINICANA
Autoridades de saúde pública da República Dominicana informaram nessa terça-feira (16) que o operário haitiano Wilmore Lower, de 32 anos, que mora no país, é o primeiro caso de cólera registrado desde o início da epidemia no Haiti.
Segundo o ministro da Saúde dominicano, Bautista Rojas Gómez, Lower está internado em uma clínica na província de La Altagracia. Exames confirmaram o diagnóstico de cólera.
O ministro afirmou ainda que o operário mora na República Dominicana com um visto de trabalho. De acordo com Rojas Gómez, o paciente possivelmente foi infectado ao viajar a seu país no dia 31 de outubro, para levar dinheiro aos parentes.
Rojas Gómez disse que o governo vai intensificar as medidas de prevenção para evitar novos casos de cólera na República Dominicana. O Haiti vive uma epidemia da doença desde outubro. Ontem (16), as autoridades haitianas informaram que mais de mil pessoas morreram.
Para parte da população do Haiti, a responsabilidade pelo começo da epidemia é de soldados do Nepal que atuam nas Forças de Paz das Nações Unidas. Segundo haitianos, eles levaram a doença ao país. Nesta segunda-feira (15), um integrante das Forças de Paz matou um manifestante que participava de um protesto em Cap Haitien, a segunda maior cidade haitiana.
A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que o tipo de cólera verificado no Haiti é o mesmo existente no Nepal, mas as autoridades informaram não ter encontrado provas de que seus soldados sejam os portadores da doença.
O cólera é causado por uma bactéria transmitida por água ou alimentos contaminados, causando febre, diarreia e vômitos, levando à desidratação severa, e pode matar em 24 horas se não for tratada. No entanto, a doença pode ser controlada por meio da reidratação e de antibióticos.
A maioria da população do Haiti não tem acesso à água limpa, ao uso de sabão e ao saneamento adequado. Há receio de que o cólera se espalhe pelos acampamentos de sobreviventes do terremoto ocorrido em janeiro, onde vive 1,1 milhão de pessoas.
Fonte: Agência Brasil, com informações BBC
FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=141674&id_secao=10