CRISE NA BUSSCAR

O Ministério Público do Trabalho de Joinville, SC, fixou prazo até a sexta-feira, 15, para que a diretoria da Busscar Ônibus pormenorize ações em andamento para resolver a situação de seus funcionários – sem receber salários há um ano. Também deve explicar se existem negociações para a venda da companhia e qual o cronograma.

 

A determinação partiu do promotor Guilherme Kirtschig após encontro com o advogado Gilson Acácio, procurador da diretoria da empresa. A reunião atendeu demanda do Sindicato dos Mecânicos, que programou para a terça-feira, 19, assembléia geral dos trabalhadores defronte à fábrica em Joinville. O promotor também intimou a diretoria da empresa a estar presente ou, pelo menos, representada.

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, João Bruggmann, a Busscar deve doze meses de salários e a integralidade do décimo-terceiro de 2010 e parte do benefício de 2009, além de não repassar valores do INSS e Fundo de Garantia. Há ainda, segundo o sindicalista, atrasos com credores, terceirizados e impostos em geral, bem como descumprimento de acordos feitos na Justiça do Trabalho. “Apesar de tudo a empresa continua de portas abertas.” Em função de ações encaminhadas pelo sindicato estão bloqueados todos os bens de acionistas e do grupo econômico.

 

A Justiça do Trabalho de Joinville determinou a realização de leilões, mas a empresa recorreu junto ao Tribunal Regional do Trabalho. Em fevereiro, em correspondência dirigida ao Sindicato dos Mecânicos, o presidente da Busscar, Cláudio Nielson, confirmou a existência de tratativas para venda do controle da companhia, mas não detalhou as negociações alegando confidencialidade.

 

FONTE: http://www.cut.org.br/destaque-central/44595/crise-na-busscar

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