CRIANÇAS FICAM SEM TRANSPORTE ESCOLAR ZONA RURAL DE SÃO LUÍS

CRIANÇAS FICAM SEM TRANSPORTE ESCOLAR ZONA RURAL DE SÃO LUÍS

SÃO LUÍS – Há mais de uma semana, estudantes da zona rural de São Luís estão com dificuldades para se deslocar até as escolas da área. As comunidades carentes dependem do transporte escolar oferecido pela prefeitura, que está devendo a empresa responsável pelo serviço desde agosto deste ano. Por causa do débito, o serviço deixou de ser oferecido e, para não faltarem às aulas, os estudantes são obrigados a pegar carona ou caminhar. A diretora da escola minimiza a situação e diz que pais só querem “moleza”.

“Minha vizinha traz e eu venho buscar, tem de ser assim para não faltar”. A afirmação da dona de casa Ana Lúcia de Sousa Santos é de quem não deixa de nenhuma forma seus filhos faltarem à aula. Para ela, a greve de professores ocorrida no início do primeiro semestre letivo e o atraso no pagamento da empresa responsável pelo transporte dos estudantes comprometem o aprendizado das crianças. “Quando não é uma coisa é outra. Parece que tudo é feito para prejudicar nossos filhos”, desabafa.

A falta de ônibus escolar não irrita só os alunos e seus pais. Em vários casos até os professores são prejudicados quando o serviço deixa de ser prestado. “Nós ficamos com os pés e as mãos atados porque se não for a kombi que nos traz do porto até a escola, nem os alunos e nem nós chegamos ao local de trabalho”, denuncia uma professora, que não se identifica por temer represália da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A diretora é obrigada a permanecer no portão de entrada da escola para evitar que os estudantes saiam desacompanhados de adultos.

Embora sejam dependentes da condução oferecida pela administração municipal, alguns funcionários culpam os pais de alunos e afirmam que a paralisação por causa da falta de pagamento à empresa que presta transporte aos estudantes está próxima de ser resolvida. Um desses casos é o da diretora da Unidade de Educação Básica Uruati, localizada às margens da BR-135, Terezinha de Jesus Barroso Lobo.

Sem nenhum remorso, a educadora considera correta a atitude da Semed em deixar de prestar o serviço à população. “Eu acho até bom, em parte, para eles ajudarem, porque esses pais aqui do Uruati só querem é moleza. A gente faz reunião para conversar a respeito dos ônibus e ninguém vem”, dispara. Adiante ela censura a reclamação dos pais e reitera a culpa deles diante da situação. “Eles só sabem é ligar para a imprensa para reclamar, mas não fazem a parte deles”, complementa.

Em defesa da postura da Semed, a diretora mostra estar ciente de que existe verba em caixa para o transporte coletivo dos estudantes. Terezinha Lobo sabe do repasse feito pelo Governo Federal e admite até a ausência de licitação para a contratação de uma empresa que preste o serviço. “Eles já estão agilizando. O problema é que não foi feita a licitação. O dinheiro tem para pagar os ônibus. Estão resolvendo esse problema e a secretaria vai mandar 12 ônibus novos para a zona rural. Os ônibus só foram retirados de circulação duas vezes”, finaliza.

Fonte : iMirante

FONTE;http://www.tribunadomaranhao.com.br/noticia/criancas-ficam-sem-transporte-escolar-zona-rural-de-sao-luis-8517.html

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