BRASIL SÓ APOIA INTERVENÇÃO MILITAR NA LÍBIA, SE HOUVER DEFINIÇÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU
BRASIL SÓ APOIA INTERVENÇÃO MILITAR NA LÍBIA, SE HOUVER DEFINIÇÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A proposta de uma ação militar na Líbia, como defendem os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, só será aceita pelo governo do Brasil, se houver autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A informação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que leu uma comunicação informando sobre a posição brasileira. Porém, ele lembrou que o Brasil apoiou a suspensão dos líbios no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, na semana passada.
“Qualquer iniciativa militar, inclusive a de exclusão aérea, só pode ocorrer dentro do devido respeito ao rigor das Nações Unidas”, disse Patriota. Segundo ele, o esforço deve ser para a busca de diálogo que encerre o impasse entre as forças ligadas ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, e os oposicionistas.
Porém, o chanceler ressaltou que o país apoia manifestações em favor da democracia na Líbia, que ocorrem no país desde o último dia 15. “O Brasil é favorável à liberdade de expressão, da defesa da melhoria da dignidade humana e esperamos que o diálogo ocorra dentro de um ambiente pacífico e sem violações”, afirmou.
No entanto, Patriota disse que é necessário dar apoio a “eventuais ondas de migração” para a Europa e reforçar a “proposta de estabelecimento de zonas livres de armas nucleares em regiões com focos de tensão, como o Oriente Médio”. “É importante garantir a assistência humanitária”, afirmou ele, referindo-se aos imigrantes que tentam deixar o país e sofrem com a discriminação na Europa.
O chanceler lembrou que há a previsão de ocorrer ainda este ano as reuniões da Aliança dos Países da América do Sul e Árabes (Aspa), em Lima, no Peru. As reuniões estavam marcadas para fevereiro, mas foram adiadas provisoriamente para abril.
Por dois dias, Patriota ficou na China onde foi preparar a viagem da presidenta Dilma Rousseff, nos dias 13, 14 e 15 de abril ao país. Da China, o ministro segue viagem para a Índia, depois Sri Lanka e, por último para o Qatar.
Edição: Talita Cavalcante