AUMENTARAM OS DESEMPREGADOS EM ESPANHA QUE OMITEM QUALIFICAÇÕES PARA ARRANJAR TRABALHO
AUMENTARAM OS DESEMPREGADOS EM ESPANHA QUE OMITEM QUALIFICAÇÕES PARA ARRANJAR TRABALHO
Entre 5 a 10 por cento dos desempregados de longa duração apresenta um currículo em que omite as verdadeiras qualificações, segundo um estudo da empresa espanhola de trabalho temporário Adecco.
Com o aumento do número de desempregados de longa duração em Espanha, entre 5 a 10 por cento das pessoas que procura trabalho resolve omitir que tem uma licenciatura ou um mestrado por considerar que assim é mais fácil encontrar emprego, noticiou esta quarta-feira o diário espanhol “El País” com base num estudo realizado pela empresa de trabalho temporário Adecco. No entanto, alerta esta empresa, apresentar o chamado “currículo B” é um erro porque irá “frustrar” a entidade empregadora e o candidato.
A tendência para “maquilhar” o currículo e sublinhar a formação e os cargos desempenhados parece estar a inverter-se quando existem em Espanha cerca de 320 mil desempregados licenciados que estão há mais de um ano sem emprego, 52 por cento dos quais mulheres, segundo estatísticas do final de 2010 citadas pelo “El País”. A taxa de desemprego já ultrapassou os 20 por cento.
Mentir a propósito das reais qualificações poderá, no entanto, tornar-se contraproducente. “Do ponto de vista do trabalhador, o que pode oferecer de imediato uma oportunidade de emprego, a médio prazo levará a que se sinta desvalorizado e causará frustração e falta de motivação”, adianta a Adecco. Para além disso, “quando uma empresa rejeita um candidato por ser demasiado qualificado é porque ele não se ajusta ao perfil de que necessita”.
O que leva à apresentação um “currículo B” é muitas vezes o facto de terem passado “vários meses de procura infrutífera de emprego”. E os sectores em que isso mais tem ocorrido em Espanha, sublinha o “El País”, é a banca e o sector financeiro.
