ATRASOS E DEMISSÕES NA OBRA DA REFINARIA

ATRASOS E DEMISSÕES NA OBRA DA REFINARIA 

Kássio Brito 

BACABEIRA – Desde que foi anunciada a vinda da Refinaria Premium para o Maranhão, projeto de maior valor da Petrobras, com orçamento inicial previsto de cerca de US$ 20 bilhões, as cidades no entorno da área de 2.100 hectares tem sido vivido um clima de euforia e expectativa com a chegada do projeto apontado como o passaporte do estado rumo aos trilhos do desenvolvimento. Mas hoje, um ano depois do empreendimento levar ao pequeno município de Bacabeira, os ministros e o então presidente Lula para o lançamento da pedra fundamental, o canteiro de obras desaqueceu com a demissão de pelo menos 400 operários e a paralisação de parte dos serviços de terraplanagem a cargo do consórcio Galvão-Serveng-Fidens, licitado para executar a obra.

No início, a previsão era de que o empreendimento pudesse operar em duas fases, sendo a primeira entregue em 2013 e a segunda em 2015, com estimativas de que, só na fase de construção, fossem gerados 132 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Mas a Petrobras informou que o prazo agora circula entre 2014 – para funcionamento do primeiro módulo de produção – e 2016 – para o segundo. Além de aumentar em um ano, a data para o Maranhão começar a refinar petróleo.

Em relação aos empregos gerados, a força de trabalho local não tem sido a principal recrutada.  A qualificação da mão-de-obra dos trabalhadores do estado já era uma pedra no sapato, identificada pelo secretário estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, durante uma reunião com empresários na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), ocorrida no início do mês. A deficiência reconhecida pelo governo do estado é o retrato de que, com a carência de capacitação para ocupar postos em um empreendimento desta envergadura, fica reservado para a mão-de-obra local o trabalho “pesado”. “A Petrobras é uma empresa gigantesca e já vem embutida no seu modelo a qualificação da sua mão-de-obra. A primeira fase de construção, de obras civis de terraplanagem, drenagem, dura em torno de dois anos que deve chegar por volta de oito mil trabalhadores em seu pico. Para esse primeiro grupo de trabalhadores de mão-de-obra civil, pesada, mais rústica, temos a mão-de-obra, dentro da escassez, de mais abundância”, avaliou Maurício Macedo.

 

FONTE: http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=71421

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