Ato amanhã protesta contra ações no Pinheirinho e na cracolândia
Ato amanhã protesta contra ações no Pinheirinho e na cracolândia
DE SÃO PAULO
Um grupo de entidades marcou para a manhã de quarta-feira (25), aniversário de São Paulo, um protesto contra as ações militares ocorridas na reintegração de posse da favelaPinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP), e na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
Os manifestantes vão se encontrar na praça da Sé, por volta das 8h, e se dirigir ao Pateo do Colégio.
O protesto, intitulado “Especulação extermina: basta de trevas na Luz e em São Paulo!”, também faz menção à situação das famílias que viviam na favela do Moinho, no centro de São Paulo, atingida recentemente por um incêndio.
“Moinho, Pinheirinho, cracolândia. Além de décadas de descaso por parte do poder público, estas regiões ganharam um novo elemento em comum: o terrorismo de Estado, que carrega consigo inúmeras denúncias de abuso de autoridade, racismo, violação de direitos humanos e tortura. Fica cada vez mais evidente que a política do governo paulista está calcada na militarização como instrumento de garantia dos lucros da iniciativa privada que a financia. Fica também cada vez mais claro que é hora de dizer basta”, diz o texto de divulgação da manifestação.
Além do ato, estão previstas atividades culturais na Luz, no período da tarde. Segundo a organização, haverá grupos de teatro, hip hop e dança.
Mais de cem entidades, coletivos, partidos, grupos políticos e movimentos sociais assinam o site da organização do protesto. Dentre eles, Amoaluz (Associação de Moradores e Amigos da Santa Ifgênia e Luz), CMP (Central de Movimentos Populares), Coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão), Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo, Movimento Nacional de Direitos Humanos e Sindicato dos Metroviários de SP. Também fazem parte deputados e vereadores do PT e do PSOL.
As ações da Polícia Militar na cracolândia e na favela Pinheirinho têm sido criticadas pelo uso da violência contra viciados e moradores. No caso da cracolândia, a atuação da polícia é investigada pelo Ministério Público.