Após greve, metroviários não terão desconto pelas horas paradas
Após greve, metroviários não terão desconto pelas horas paradas
DE SÃO PAULO
Durante a audiência realizada na tarde desta quarta-feira no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o Metrô de São Paulo se comprometeu a não descontar do salário dos grevistas as horas não trabalhadas. A paralisação provocou transtornos na cidade hoje cedo –foram registrados tumultos e trânsito recorde.
A greve da categoria foi encerrada por volta das 16h30 de hoje, depois que os metroviários decidiram em assembleia aceitar a proposta de reajuste de 6,17% do Metrô apresentada durante a audiência.
Inicialmente, o Metrô tinha oferecido reajuste de 4,65%, enquanto o sindicato pedia 20,12%.
Apesar do retorno imediato ao trabalho, o sistema só deve ser normalizado nas próximas horas.
No encontro de hoje, os metroviários ainda pediram para que a Justiça reconsidere a multa de R$ 100 mil, já que eles descumpriram a ordem judicial. Na audiência de ontem, a desembargadora Anélia Li Chum decidiu que, em caso de greve, os funcionários deveriam manter 100% do efetivo nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horários.
O caso ainda será julgado — não há data prevista– e, se a Justiça aplicar a multa pelo descumprimento da ordem, o sindicato diz que vai recorrer da decisão.