Após greve da PM, agora professores param na Bahia
Após greve da PM, agora professores param na Bahia
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
Os professores da rede estadual da Bahia decretaram na manhã de hoje (11) greve por tempo indeterminado para pressionar o governo a conceder um reajuste de 22,22%.
É a segunda greve de uma categoria numerosa que o governador Jaques Wagner (PT) tem de enfrentar este ano.
Em fevereiro, policiais militares paralisaram suas atividades por 12 dias, jogando o governo petista em uma crise política e gerando uma onda de violência que triplicou o número de assassinatos. A greve só foi encerrada após o governo ceder e aceitar o pagamento de gratificações exigidas pelos grevistas.
Na Bahia, 1,1 milhão de estudantes estão matriculados nas 1.476 escolas estaduais. Segundo o APLB-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), a adesão à greve é de 90% da categoria. O governo ainda não divulgou sua estimativa da paralisação.
Os professores dizem que só voltam às salas de aula quando o governo aceitar conceder o reajuste linear de 22,22% a todos os 40 mil trabalhadores da categoria. Wagner concedeu um reajuste de 6,5% a todos os servidores em fevereiro.
O sindicato cobra do governo o pagamento de 15,72%, que, somado ao reajuste concedido a todos os servidores, alcança o percentual fixado de reajuste do piso nacional do magistério.
“O reajuste igual no mesmo percentual do piso nacional para toda a categoria foi acertado num acordo em novembro do ano passado. Estamos negociando desde fevereiro, mas o governo não cumpriu”, disse o diretor do APLB Sindicato Luciano Cerqueira.
OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que “todos os professores da rede estadual de ensino receberão o piso nacional estabelecido em lei”.
Segundo o governo, todos os professores com licenciatura já recebem salários iniciais acima do piso de R$ 1.451, e um projeto de lei seria enviado hoje à Assembleia Legislativa para assegurar o valor a 5.210 professores de nível médio.
http://www1.folha.uol.com.br/saber/1074504-apos-greve-da-pm-agora-professores-param-na-bahia.shtml