ÁFRICA: INTEGRAÇÃO ECONÓMICA É A CHAVE DO DESENVOLVIMENTO
ÁFRICA: INTEGRAÇÃO ECONÓMICA É A CHAVE DO DESENVOLVIMENTO
Para que os países africanos possam atingir um desenvolvimento económico sustentável nos próximos 50 anos, devem ser intensificados esforços para acelerar a integração económica regional, o desenvolvimento das infraestruturas transfronteiriças e o comércio interafricano , segundo os peritos.
“A integração económica pode criar muitas oportunidades para a transformação económica de África”, indicou o antigo director-geral de uma das principais instituições financeiras nigerianas (UBA), Tony Elumelu.
“Isto foi provado pelo sucesso que registamos na iniciativa que tomamos no ano passado, quando decidimos abrir uma sucursal no Gana. Ao instalarmo-nos em África, nós demos conta das potencialidades, competências e oportunidades de que dispomos no continente”, acrescentou.
Mais de metade dos 53 países africanos celebraram os 50 anos da sua ascensão à independência. Só neste ano, 17 países celebraram o seu jubileu de ouro.
Alguns peritos declararam que a independência política em África não se traduziu em independência económica. Citam o nível elevado do desemprego, a fraca industrialização, as más condições de vida, as privações e a fome no continente para justificar a sua análise.
Afirmaram que África ainda não maximizou todos os seus benefícios nem aproveitou a vastidão do seu mercado, da sua população e dos seus recursos através do comércio interafricano.
Até à criação de comunidades económicas regionais tais como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a Comunidade da África do Leste (ECA) e o Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), entre outros, não desenvolveu um tipo de integração económica que possa tirar o continente do marasmo.
Durante um seminário de alto nível sobre o comércio em África organizado em Washington, nos Estados Unidos, no mês passado, a vice-presidente do Banco Mundial para a África, Obageli Ezekwesili, ressaltou que os Presidentes africanos acordaram sobre o facto de que a integração regional poderá permitir economias de escala e melhorar a competitividade.
Os participantes no seminário notaram que a promoção do comércio entre os países africanos deverá ser considerada como uma prioridade, sendo que isto pode ajudar no crescimento e na criação de empregos e de riquezas.
“Vamos todos prosperar se trabalharmos juntos. Tal necessita obviamente de infraestruturas africanas. Não temos estradas que nos ligam, o custo do transporte das mercadorias dum país para outro é elevado”, sublinhou Mo Ibrahim, fundador da Fundação Mo Ibrahim sita em Londres numa comunicação apresentada recentemente em Accra, no Gana.
Fonte: Africanidade