29/NOV A 10/ DEZ/2010 – MEIO AMBIENTE DEFENDE QUE BRASIL TENHA PAPEL DE FACILITADOR NAS NEGOCIAÇÕES
MEIO AMBIENTE DEFENDE QUE BRASIL TENHA PAPEL DE FACILITADOR NAS NEGOCIAÇÕES DA COP 16
O Ministério do Meio Ambiente defendeu nesta sexta-feira (26) que o Brasil tenha papel de ”facilitador e agregador” das propostas em discussão na 16ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas para Mudança do Clima, a COP 16, que será realizada em Cancun, no México, entre 29 de novembro a 10 de dezembro.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ”o Brasil está fazendo o dever de casa. Isso nos dá condições políticas de cobrar (dos demais países) resultados e credenciamento político para recepcionarmos as divergências e estimularmos uma convergência”.
Do encontro em Cancún, o País espera a aprovação de pacote balanceado de decisões, que signifique avanço nas negociações e a pavimentação para futuro acordo global a ser concluído nas próximas convenções, quem sabe em 2012, na Rio+20.
A visão para a COP 16 é evoluir em etapas e fechar acordos específicos, mas em conjunto. O Brasil quer um pacote equilibrado com ações de mitigação, adaptação, financiamento, transferência de tecnologia, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), além da visão compartilhada. O trabalho do País é puxar os demais para negociação, buscando avanços e evitando que os países recuem em discussões que já estão bem desenvolvidas.
A aprovação da segunda etapa do Protocolo de Kyoto, na avaliação da ministra, já seria um grande passo. Esse segundo período, até 2020, demandaria uma redução de 20% a 40% nas emissões dos países desenvolvidos em relação às emissões de 1990. Esses valores são os previstos pelo IPCC para a manutenção do aquecimento em dois graus até 2020.
REDD+
As negociações de REDD+ entre os países já estão avançadas e o texto está suficientemente maduro. O consenso é que o REDD+ será implantado em três fases: a primeira de produção de conhecimento e de estratégias, englobando a estrutura institucional, o monitoramento e o inventário florestal; a segunda de implementação de políticas e medidas; e a terceira de pagamento pelo desempenho com base na quantificação das emissões e remoções por florestas em relação aos níveis de referência acordados.
Dos acordos que podem sair de Cancun, o de REDD+ é um dos que irá gerar grande estímulo para o Brasil, pois será a base para começar a valorização dos produtos florestais, condição essencial para manter a floresta em pé.
Fonte:
Ministério do Meio Ambiente