25/11 A 10/12 PREFEITURA LANÇA CAMPANHA "16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA À MULHER"
PREFEITURA LANÇA CAMPANHA “16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA À MULHER”
A Prefeitura de São Luís, por meio do Conselho Municipal da Condição Feminina (CMCF), lançou, em parceria com a Coordenadoria Municipal da Mulher e as entidades que representam a sociedade civil, a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. O ato que deu início à mobilização foi realizado no auditório da Casa dos Conselhos Municipais.
As ações da campanha acontecerão em São Luís no período de 25 de novembro – Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres – até o dia 10 de dezembro.
Alertar a população sobre as agressões sofridas por mulheres e chamar a atenção da população para a aplicação efetiva da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar, são os principais objetivos da mobilização.
Segundo a presidente do CMCF, Laurinda Maria de Carvalho Pinto, a campanha é fundamental porque vai proporcionar a possibilidade de diálogo direto com as entidades sobre a violência à mulher, no sentido de fazer um monitoramento dos serviços municipais e verificar o funcionamento e a evolução dos mesmos dentro da política pública do município, e também com as entidades estaduais.
“O que queremos, com esse diálogo, é fortalecer o enfrentamento das políticas públicas contra a violência à mulher, seja ela negra, homossexual, doméstica, dona de casa. A gente tem se perguntado por que tem aumentado drasticamente a violência contra à mulher e se essa violência tem algum aparato ou se é revanchismo à Lei Maria da Penha, uma vez que tem crescido o número de denúncia sobre esse tipo de violência”, disse Laurinda Pinto.
História vivaPara focar a vulnerabilidade e o aumento da violência às mulheres negras, o Conselho Municipal da Condição Feminina trouxe para a campanha de São Luís a ex-moradora de rua Esmeralda Ortiz, que hoje é formada em jornalismo e dá palestras em escolas, entrevistas para a imprensa e trabalha como arte-educadora na Cidade Escola Aprendiz, em São Paulo.
Esmeralda Ortiz cresceu sem pai e teve mãe alcoólatra. De família pobre, aos oito anos de idade pedia esmola nas ruas na cidade de São Paulo. Na abertura do evento, ela contou sua história de infância pobre e que, quando menina, sofreu violência sexual do pai e também do padrasto, além de conviver durante toda a infância com a violência e o vício. Foi internada diversas vezes na Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem) e escreveu um livro que conta sua história e como superou todos os obstáculos vividos.
“É muito importante participar dessa campanha aqui em São Luís; fico muito comovida porque sou uma mulher negra e sofri todos os abusos causados pela violência à mulher. Sou um exemplo de superação e é importante que o poder público tenha essa preocupação de dar oportunidade de tirar outras mulheres do mundo da violência que as assolam”, afirmou Esmeralda Ortiz.
FONTE: http://www.saoluis.ma.gov.br/frmNoticiaDetalhe.aspx?id_noticia=2730