200 BENEFICIADOS COM PROGRAMA DA CAIXA TÊM SUAS CASAS OCUPADAS POR SEM TETOS

200 BENEFICIADOS COM PROGRAMA DA CAIXA TÊM SUAS CASAS OCUPADAS POR SEM TETOS 

Os beneficiados fazem parte do Programa de Crédito Solidário da Caixa Econômica Federal.

Janice Lima 

Imagine que você está prestes a realizar o maior sonho da sua vida, mas uma surpresa aparece e adia seus planos. Foi o que aconteceu com 200 contemplados pelo Programa de Crédito Solidário da Caixa Econômica Federal. Os beneficiados são membros da Cooperativa Habitacional do Grupo Comunitário Independente (Coophab/GCI) e aguardavam pela construção de suas casas no Residencial Nova Era II, na região de São José de Ribamar, mas foram surpreendidos pela ocupação dos imóveis por sem tetos.
A ocupação, iniciada em dezembro de 2010, atraiu pessoas sem moradia de diversas partes de São Luís, que por meio do Centro Social Comunitário da Cidade Olímpica, representado por Severino de Jesus, e pela Associação Maranhense dos Sem Teto, representada por Filomeno Ricardinho de Lemos, tomaram as casas do conjunto habitacional e rebatizaram o lugar de “Residencial Gil Cutrim”. 

O grupo justificou a ocupação alegando o total abandono dos imóveis e o não cumprimento de um acordo por parte da Secretaria de Estado das Cidades (Secid), que teria assumido o compromisso de destinar um terreno para que os sem tetos construíssem suas moradias. “As casas estavam cercadas por mato, abandonadas durante anos, tentamos um acordo com a Secretaria desde 2006, falamos com os três últimos secretários que não deram resposta, então resolvemos tomar nossas providências; são 300 pessoas da minha associação morando aqui, queremos apenas o direito à moradia, não podemos mais fazer acordo, todas as casas estão ocupadas”, disse Lemos.

A assessoria de Comunicação da Secid informou que desconhece qualquer acordo feito com moradores ou “invasores” do Residencial Nova Era II e das associações envolvidas. 

Do outro lado da questão, um dos financiados pelo Crédito Solidário, que não quis se identificar por medo de represálias, afirma que no dia de sua mudança deparou-se com os cadeados arrebentados, e outras pessoas dentro da casa. “Quando vi, não quis acreditar, tentei conversar, quiseram me dar outra casa, mas não aceitei; não queria assumir outro imóvel, ficar na ilegalidade como eles, que são invasores sem direito a nada, fiz meu cadastro no projeto, esperei cinco anos por essa casa com a minha família, não sei como proceder, fui atingido de todas as formas, destinei meus sonhos para esse imóvel e acabo assim”, declarou.

 

FONTE: http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=69362

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